Falta-me propriedade para dissertar a respeito do renomado fotógrafo: Sebastião Salgado. Entretanto, por meio do documentário Sal da Terra, dirigido pelo filho do fotógrafo, Juliano Ribeiro Salgado, e pelo alemão Wim Wenders, indicado ao Oscar em 2015, há a oportunidade de conhecer sua trajetória e riquíssimo trabalho.
Sal da Terra não se trata apenas de um arquivo, em formato de documentário, da biografia de Salgado e os bastidores de seu projeto “Gênesis”, na qual registra regiões e civilizações inexploradas. É mais do que isso, é o relato de quem viu e vivenciou algumas das belezas e surpresas que a natureza nos proporciona, bem como os extremos que a humanidade enfrenta.
Alguns o acusam de estetizar a miséria. Mas, na minha singela opinião, é a realidade em sua essência, demonstrada por quem a testemunhou, por quem teve a sensibilidade e a experiência de saber qual momento registrar, e sob o ângulo que julgou mais adequado; por mais assustador que nos pareça, porque é a realidade pura.
E, enquanto suas fotos são mostradas e contextualizadas, pomo-nos a questionar (de modo “clichê” – I know...): como um mundo tão rico pode ser, ao mesmo tempo, tão pobre? Não há como aceitar que ainda há milhões que vivam na extrema miséria e ignorância.
Ao final, resta-nos uma esperança, quando o Documentário mostra determinadas alternativas, onde não se via mais esperança. Medidas simples, basta-nos força de vontade e determinação. Tal como a de Sebastião Salgado, que largou a carreira estável de economista para seguir com a fotografia, e sua digníssima companheira Lélia Wanick Salgado, que criaram o Instituto Terra, que atua nos projetos de recuperação de áreas de matas e nascentes; do Rio Doce, em Mariana, inclusive.
Indico-o aos nossos leitores, deixando de lado algumas ideologias e polêmicas sobre patrocínios, mas com foco no talento e na notória contribuição.
Resenha em Libras:
Assista ao trailer:
Assista ao documentário completo aqui!
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