Se ao ficar
solteiro sua única opção de permanecer vivo é ser transformado em um animal,
que animal escolheria?
No filme O
Lagosta, o sujeito que por qualquer circunstância for solteiro, lhe resta
poucas opções que podemos considerar normais para o estilo de vida dos dias
atuais.
O indivíduo que
perde seu par é encaminhado para um hotel, luxuoso, porém repleto de regras
inusitadas, todas com a intenção de desencorajar a autonomia social e afetiva.
Ninguém deve ficar sozinho, isto é perigoso na trama.
O novo hóspede
tem exatos 45 dias para encontrar um novo par, se isto não acontecer ele será
encaminhado para uma cirurgia de transformação, onde deixa de ser humano para
ser um animal de sua prévia escolha. Quem não conseguir um par nos 45 dias e
não quiser se transformar em animal poderá aumentar seus dias no hotel com um
recurso pouco convencional, que é realizar caçadas aos solteiros que vivem na
floresta fora dos limites do hotel... para cada solteiro abatido o sujeito
ganha mais um dia como hóspede.
A floresta que
parece ser um lugar com regras mais livres do que as presentes dentro do hotel,
apresenta outras tantas regras tão rígidas quanto às do hotel. Na floresta o
objetivo é desencorajar a formação de casais.
O filme trata de
uma sociedade imaginária que apresenta profundas críticas à nossa sociedade
atual, onde valores voltados para os relacionamentos são postos em análise.
Onde a solidão não é permitida em um lugar e em outro ela é obrigatória. O ato de matar é um recurso aceitável.
Um casal que se
formou na floresta, logo não podem ficar oficialmente juntos, decide fugir para
cidade e lá uma decisão drástica é tomada para garantir que possam ficar
juntos.
A comédia da
trama é sempre sombria, com atores que nunca sorriem, mas são seriamente engraçados.
Veja o filme e
decida: Quer ser um animal, um assassino, solteiro na floresta ou ficar cego de
amor?
Resenha em Libras:
Assista ao trailer aqui!